Carnaval: a mesma coisa do mesmo

Artigos publicados no  Jornal de Navegantes

Não vou aqui escrever sobre o carnaval do Rio ou de São Paulo. Quero me ater ao nosso carnaval.

Desfile do Navegay na segunda feira (foto internet)

Outrora nosso carnaval foi de pompa e beleza. Expressou, por anos e anos a paixão, a arte e a criatividade de navegantinos. Suas Escolas e Blocos conquistavam corações e plateias em outras cidades e conquistaram títulos.

Passado o carnaval 2018, ficam as críticas, reclamações de um lado. De outro elogios. Com foco no Naveguei, que se tornou o maior bloco de sujos do sul brasileiro.

Quem foi gostou, elogiou a brincadeira. Quem não foi reclamou da sujeira deixada e do vandalismo pós-evento.

Os organizadores e seus patrocinados falam em 150 mil foliões. Exagero? Toda uma estrutura, bancada com recursos públicos foi montada para a segurança e a saúde dos brincalhões. A dúvida que paira, e só paira pela falta de transparência, é sobre a possível receita que os cofres públicos tem om um evento desta natureza.

No pós-carnaval começam as manifestações de que isso tem que acabar. Que é o fim da picada: não tem recurso pra saúde, mas tem pro carnaval.

O problema não é tao simples e nem pode ser simplificado. Já comentei neste espaço que o que falta é capacidade em tornar esta situação deixada pelo carnaval em uma grande oportunidade para nossa cidade. É evidente que mudanças precisam ser realizadas e o carnaval pensado como um atrativo e um captador de recursos e gerador de renda para a cidade.

Carnaval: a mesma coisa do mesmo pode ser diferente

Seria muito interessante reunir numa mesma sala representantes do turismo, da cultura, do empresariado e das pessoas que fazem do carnaval uma verdadeira paixão. Reuni-los com um enfoque: como transformar o nosso carnaval do domingo e da segunda a tarde numa grande oportunidade de lazer e negócios?

Seria muito importante ouvir dos organizadores as informações mais precisas possíveis sobre os eventos. Refiro-me a tudo que acontece em torno destes dois dias de folia. Inclusive dados mais concretos sobre o número de foliões, de onde eles vem, quanto gastaram na cidade, et.

Para se propor mudanças a uma situação é preciso fazer um diagnóstico detalhado e sério. Só então é possível debater alternativas, caminhos, direções que possam ser menos conflitantes e que tragam vantagens para a cidade.

O Instituto IVES lançará uma enquete na qual pretende conhecer a opinião das pessoas sobre o atual formato do carnaval. Mas, quer ir além, quer provocar um debate que permita se buscar alternativas para fazer do Carnaval de Navegantes não o maior, mas o melhor Carnaval. E um Carnaval melhor principalmente para os navegantinos e nossos cofres público.

Para participar do Instituto IVES e dos seus debates basta disposição. Faça contato pelo e-mail tarcisio.weise@ives.org.br ou pelo fone (47) 99612-8147 (whatsapp) e obtenha maiores informações.

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