por Tarcísio Weise
“Sexta-feira de carnaval no Bloco Unidos de São Domingos a correria é grande. O barracão está tomado de fantasias, alegorias, instrumentos da bateria. Falta espaço para acomodar os carros alegóricos. Uma multidão de apaixonados por carnaval se revesa nos afazeres dos últimos detalhes. É uma costura aqui, um remendo ali, uma pintura acolá… Mestre Sala e Porta Bandeira ensaiam os paços de sua evolução. O Mestre da Bateria verifica cuidadosamente os instrumentos para garantir a melhor apresentação.
A velha guarda espremida entre alegorias e fantasias, ensaia ao som do cavaquinho as estrofes do samba que vai embalar os foliões. Neste ano o bloco vai contar a história do seu próprio carnaval. Vai recordar os diversos títulos conquistados no carnaval de rua de Itajaí. Vai homenagear seus fundadores e uma ala especialmente pensada será a homenagem a velha guarda que ainda resiste ao tempo e segura firme no pé e na voz a alegria da festa de momo.
O alvoroço não é só da Unidos de São Domingos. O Estrelinha do Mar está agitando toda a população do Pontal e também se prepara para fazer bonito na avenida. No Cara e Coragem faltam fantasias de tão grande que é a procura. No barracão do Bloco da Amizade a correria é intensa e os nervos afloram a pele.
É a alegria do carnaval de rua que contagia. O desfile de sábado promete muita emoção. Os foliões desfilando com emoção e a plateia aplaudindo cada ala que se apresenta”.
Ah, acordei. Que pena, foi só um sonho.
* Professor e Presidente do IVES